”.
No caso de uma administradora de recursos de terceiros, como uma corretora ou banco, como administrar os conflitos financeiros entre
esta e os clientes? É claro que em função de interesses particulares as informações sigilosas dos
clientes podem terminar nas mãos de administradores em proveito próprio. O sigilo se estabelece pela “Muralha da China” que, segundo Srour
(2000, p.37), evita a invasão nas informações do
cliente, isolam informações públicas das privadas, estabelecem barreiras tecnológicas e físicas, dividindo departamentos e proibindo acessos, criando dispositivos de vigilância dos pró-
prios funcionários, criando departamentos de fiscalização com autonomia para controlar saltos
sobre a “muralha”. A lealdade é devida aos clientes e investidores, mostrando que a ética nos
negócios tem também a nítida cautela pela preservação de sua permanência num mundo exigente de segurança e onde o “poder do mercado” pode detonar resultados negativos do ponto
de vista econômico e moral.
A ética empresarial, como toda moral,
é historicamente compreendida de acordo com
sua função no mundo, pressionada por outros valores regidos pelo mercado. Neste aspecto, quando uma administração assume uma postura de
vigilância interna de seus funcionários, em fun-
ção da ética nos negócios, é difícil imaginar que
ela tome partido do “bom-mocismo”, pois como
se colocam em termos políticos e sociológicos,
“é mais crível aceitar que ela tenha conjugado
seu credo organizacional — que considera a empresa responsável pelos clientes, empregados,
comunidade e acionistas — com uma análise estratégica da relação de forças no mercado”
(SROUR, 2000, p.42). Fica mais fácil imaginar
que a “ética nos negócios”, pressionada pelo
mercado e por transformações ocorridas no seio
social, tem sido fruto de um contexto histórico
bem demarcado e de uma dinâmica social precisa, conforme dissemos até aqui. Neste sentido, o
credo organizacional de administradores e de
empresas se viu tomado pela necessidade de se
voltar para uma nova perspec
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