sexta-feira, 17 de junho de 2011

Alguma questões sobre ética


”.
No caso de uma administradora de recursos de terceiros, como uma corretora ou banco, como administrar os conflitos financeiros entre
esta e os clientes? É claro que em função de interesses particulares as informações sigilosas dos
clientes podem terminar nas mãos de administradores em proveito próprio. O sigilo se estabelece pela “Muralha da China” que, segundo Srour
(2000, p.37), evita a invasão nas informações do
cliente, isolam informações públicas das privadas, estabelecem barreiras tecnológicas e físicas, dividindo departamentos e proibindo acessos, criando dispositivos de vigilância dos pró-
prios funcionários, criando departamentos de fiscalização com autonomia para controlar saltos
sobre a “muralha”. A lealdade é devida aos clientes e investidores, mostrando que a ética nos
negócios tem também a nítida cautela pela preservação de sua permanência num mundo exigente de segurança e onde o “poder do mercado” pode detonar resultados negativos do ponto
de vista econômico e moral.
A ética empresarial, como toda moral,
é historicamente compreendida de acordo com
sua função no mundo, pressionada por outros valores regidos pelo mercado. Neste aspecto, quando uma administração assume uma postura de
vigilância interna de seus funcionários, em fun-
ção da ética nos negócios, é difícil imaginar que
ela tome partido do “bom-mocismo”, pois como
se colocam em termos políticos e sociológicos,
“é mais crível aceitar que ela tenha conjugado
seu credo organizacional — que considera a empresa responsável pelos clientes, empregados,
comunidade e acionistas — com uma análise estratégica da relação de forças no mercado”
(SROUR, 2000, p.42). Fica mais fácil imaginar
que a “ética nos negócios”, pressionada pelo
mercado e por transformações ocorridas no seio
social, tem sido fruto de um contexto histórico
bem demarcado e de uma dinâmica social precisa, conforme dissemos até aqui. Neste sentido, o
credo organizacional de administradores e de
empresas se viu tomado pela necessidade de se
voltar para uma nova perspec

Ética, Moral e Direito


É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.
        Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.
        A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.
        O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis tem uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. O Direito Civil, que é referencial utilizado no Brasil, baseia-se na lei escrita. A Common Law, dos países anglo-saxões, baseia-se na jurisprudência. As sentenças dadas para cada caso em particular podem servir de base para a argumentação de novos casos. O Direito Civil é mais estático e a Common Law mais dinâmica.
        Alguns autores afirmam que o Direito é um sub-conjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.
        A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que a caracteriza.

ÉTICA E MORAL


Na atualidade, houve-se falar muito em ética. Ética profissional, como por exemplo: a famigerada ética médica, onde os tais profissionais receitam medicamentos errados, e o seu colega de trabalho, ou a enfermeira, mesmo vendo a tabuleta do paciente, com o nome do amigo, não pode dizer qual medicação foi receitada, pois é em cima desta ética que morrem muitos pacientes, e nunca se sabe a causa. Na sociedade atual esse é o um dos erros mais comuns, tendo em vista que lida com vidas humanas, porém não se deve invocar a ética médica para encobertar incapacidade de qualquer profissional, que não tem o mínimo de respeito pelo homem. Todavia, na hora de tratar o paciente, quem vale mais não é a ética médica, e os recursos que são deixados na tesouraria do hospital, ou consultório médico, contudo, sem nenhuma responsabilidade pela vida humana.
Um outro exemplo que se pode incluir no rol das famigeradas éticas profissionais é quanto a delegados de polícia, bem como de policiais corruptos, que praticam todo tipo de desmando em nome da Lei e da moral, em verdade, invocando a ética, só com o objetivo de se locupletarem e não se poder denunciar, porque, quem vai à cadeia é o denunciante. Quem não sabe de delegado de polícia que recebe propina para encobertar um ladrão, ou um assassino, cujos colegas sabem do fato, mas não podem denunciar! Quem não sabe de policiais civis que praticam o mesmo ato ilícito ao serem remunerados por outras vias que não a legal e não podem ser denunciados pelos colegas, mesmo sendo conhecedores de tais atos! É aí onde se invoca o princípio da ética, para encobertar irregularidades e continuar a impunidade.
Mas, afinal de contas, o que é ética? Pois, a palavra ética vem do grego ethos que quer dizer "modo de ser", ou "caráter", enquanto maneira de vida que o homem adquire ou conquista. Mais objetivamente, pode-se definir ética como sendo um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano, moral, tal como colocado por Adolfo Sánches VÁZQUEZ (1982)[1]. Entrementes, a ética se advém dos conhecimentos racionais e objetivos, contudo, a própria coisa ser racional e objetiva deve ter um ponto de partida, isto significa dizer, o racional e objetivo vai servir a quem? Quem está dizendo o que é certo ou errado? E é aí onde entra a questão da ética dos tempos hodiernos que não tem nada de racional e objetivo.
A ética se confunde muitas vezes com a moral, todavia, deve-se deixar claro que são duas coisas diferentes, considerando-se que ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, enquanto que moral, quer dizer, costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com o passar do tempo. A ética é o aspecto científico da moral, pois tanto a ética como a moral, envolve a filosofia, a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura que cerca o ser humano. Isto faz com que o termo ética necessita ter, em verdade, uma maneira correta para ser empregado, quer dizer, ser imparcial, a tal ponto a ser um conjunto de princípios que norteia uma maneira de viver bem, consigo próprio, e com os outros.
Entretanto, pode-se aplicar a ética, em detrimento dos outros? Como é que isto ocorre todos os dias, com os seres humanos? No campo profissional é comum o uso da ética, mas esta ética vem sempre com o objetivo de salvaguardar a posição de um profissional desonesto, ou corrupto que não sabe fazer o seu trabalho, causando prejuízo para com os outros, muitas vezes levando até à morte muitas e muitas vidas humanas. A ética deveria ser o contrário, quer dizer, levantar princípios bons para serem direcionados para ajudar as pessoas de bem, em uma vida cheia de harmonia e de felicidade, porém, não usar para encobrir falcatruas e desonestidades. A ética é a parte epistemológica da moral, tendo em vista que esta é a maneira de se ver, e aquela é a ciência de como melhor ajuntar isto tudo.
A ética viria pari passu com os direitos humanos, ao se colocarem estes fatos pelo lado da seriedade, da polidez, sobretudo, de um ser consciente, quanto às coisas costumeiras que merecem uma ordenação para servir de princípios do bom viver aos participantes desta humanidade. Enquanto que os costumes constituem a moral que é o modus vivendi do cidadão, quer seja bom ou mal, tudo que acontece com a pessoa humana de maneira instantânea, de maneira instintiva e até mesmo, impulsiva pelo ego de cada um, pois, é na verdade, o campo da moral, este agregado de acontecimentos que caracteriza a vida do homem. Sem esquecer Aurélio Buarque de HOLANDA (1976)[2], a moral é um conjunto de regras de conduta ou hábitos julgados válidos para qualquer tempo ou lugar, para grupo, ou pessoa determinada.
Por outro lado, a moral se constitui em um processo de formação do caráter da pessoa humana, partindo-se normalmente de uma maneira de como foi direcionado pelos ensinamentos no país, cujos princípios têm origem com a religião dos genitores. A moral se adquire também no meio ambiente em que se vive, tal como já diziam alguns filósofos que o homem seria um produto do meio, difícil de concordar, mas fácil de aceitar, pelo simples fato de que a localidade onde se mora é um forte influenciador do comportamento humano. Este efeito transbordamento ou como é também chamado, spillover, faz com que a má formação de um amigo seja um fator de fundamental significado na vida de uma pessoa que tenha uma instrução boa, de princípios que possam ser transmitidos para os outros.
Um exemplo de como a moral pode ser transmitida para outrem, com prejuízo de uma boa formação é quanto ao modo de vida de uma prostituta, ou de um maconheiro, ou de pessoas que não tenham boas maneiras para com os amigos, isto significa dizer, uma boa formação não se propaga, mas uma maneira de vida viciada, de maus costumes, facilmente se prolifera por toda face da terra. Veja que ninguém aprende deliberadamente os ensinamentos das religiões, quer seja católica, protestante, budista, brahmanista, espírita, ou qualquer direcionamento que se queira dar, para melhor orientar-se na vida, mas para ouvir, e até mesmo participar em conversações sobre os maus costumes no cotidiano daqueles que só querem divulgar o imoral, o descomposto e, ainda mais, dizendo-se que, o que é importante é a liberdade.
É claro que a ética e a moral devem e estão caminhando lado a lado com a liberdade, entretanto, não se deve esquecer que a liberdade não tem a conotação que os tempos modernos têm dado. A liberdade é a concepção natural de uma pessoa ou animal ser livre, mas ser livre, significa, antes de tudo, algumas limitações que a própria Lei Natural impõe ao ser humano. Hoje o termo liberdade tomou significado diferente, tal como o de libertinagem. Assim, liberdade parte em princípio do respeito aos direitos alheios, onde, dialeticamente, não se constata, que na vida prática exista o respeito ao homem em si, o que existe na consciência humana é o respeito a si mesmo, a busca de tudo, para si próprio, e o resto que procure respeitar os direitos dos outros, sem nenhuma contra-partida.
Ao longo da história se tem deturpado o real significado da palavra liberdade; é só verificar o dia-a-dia das novelas; os anúncios de jornais, os out-doors, os filmes de sexos, que são verdadeiros atentados contra o pudor e os bons costumes. Isto tem trazido uma revolução aos princípios éticos e morais de uma sociedade que prima pelas boas maneiras de vida. A liberdade que se procura não é esta, mas aquela que está dentro de uma formação trazida pelos pais, avós, ancestrais, que sempre procuraram e procuram transmitir de geração a geração os caminhos da verdade e da vida, pois isto não significa moralismo, mas princípios que devem permanecer por todos os tempos e não se levar por falso modernismo que tem o objetivo de degradar a família em troca de uma libertinagem que deprime o ser humano.
Na discussão entre ética e moral, entra em cena toda esta situação de libertinagem sexual, infidelidade conjugal, promoções obscenas, e uma gama muito grande de libertinagem que não constrói nada, a única coisa que deixa plantada é uma semente de depravação que aniquila a moral, os bons costumes e, sobretudo, a integridade humana. É deprimente ver um ser humano se despir em uma novela de televisão ou cinema, ou em poster fotográfico com o objetivo de ganhar dinheiro para sobrevivência. Isto denota, não a beleza de uma cena sensual, mas a vulgaridade de um ato comum a dois, agora, divulgado para milhões de pessoas sentirem a privacidade de uma criação da natureza, pois isto é uma insinuação para aqueles que ainda, devido à idade, não conhecem as descobertas do corpo humano para a vida.
E o que se deve fazer para tentar contornar este estado de coisas? Deve-se incentivar a libertinagem, tal como faz a televisão e os cinemas? Quais os caminhos que se devem tomar para não cair em uma degradação generalizada que se estar passando hoje em dia? Os trabalhos de televisão não são de todo condenáveis, o mesmo ocorre com o cinema, os out doors, ou qualquer sistema de divulgação. A questão é como estão sendo veiculadas as suas atividades e divulgadas àqueles que ainda não despertaram para a vida. As coisas devem ser feitas de maneira e em local, onde as pessoas são conscientes para não haver distorção dos fatos, de tal modo que a moral e a ética, sejam preservadas a uma elevação da família, e não uma dizimação das raças a troco de nada, mas em busca da infelicidade dos povos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Poder da Administração Ética

No atual mundo empresarial cada vez mais são criados códigos éticos que constituem estabelecer normas, virtudes e costumes aceitos dentro de uma organização, constituindo assim o primeiro passo para atingir-se o sucesso. Estes códigos éticos são também imprescindíveis à profissão do Contador. Com o avanço tecnológico, grandes transformações e valorizações da profissão, o Contador é visto como um gestor na tomada de decisões, ou seja, aquela visão de débito e crédito torna-se a cada dia obsoleta. Com a globalização, surge ainda, um novo perfil de profissionais que devem ser mais flexíveis, estudiosos, preparados para conhecer as particularidades de sua profissão e também o reconhecimento e aplicação de normas éticas.

Considerando a palavra ética um conjunto de valores, questionamo-nos até que ponto é válido e no que isso diferencia as pessoas. O fato é que muitas vezes as pessoas são impulsionadas a terem atitudes antiéticas para manterem-se empregadas ou para sempre conquistarem vantagens sobre processos que envolvem pessoas ou organizações.

Certamente para realmente ter a consciência se é ou não ético é necessário sempre que existam as perguntas: Isso é legal ou imparcial? Vou me sentir bem comigo mesmo? Acredito que a ética já nasce com a pessoa e com o tempo pode se lapidada por valores obtidos desde sua infância, através de seu convívio familiar, através do círculo de amizades e através da vivência no mercado de trabalho, sendo este último o estudo desta crítica. Em todos os meios de convivência há duas alternativas, ser correto ou incorreto, ficando descartada a opção que como muitos dizem, ficar em cima do muro.

Seja qual for o espaço de convívio de pessoas, ou seja, familiar, social ou empresarial, é importante ter a consciência de sermos exemplo para tomar decisões. A ética deve ser correta, ou seja, legal e para isso devemos analisar se trará benefícios a nós e a outras pessoas envolvidas. E outro fator em destaque é sentir-se bem consigo mesmo. Se fizermos uma análise de um grupo de pessoas, perceberemos que cada uma terá seus valores e princípios e, na ética isso deve ser respeitado, porém, aplicado um bom senso entre os grupos para que se atinja um mesmo objetivo. É imperativo frisar que mesmo com diferentes condições de classes sociais, no caso falando de um ambiente organizacional, haverá conflitos entre o certo e o errado e para isso temos a ética através de códigos que condicionarão grupos a terem padrões a serem respeitados e seguidos.

É fato que em todo meio haverá pessoas que queiram tirar proveito de alguma situação, isso em ambiente familiares, círculos sociais, mas o fato que nesta análise tem como escopo destacar é o ambiente empresarial.

Seria difícil criar e impor código de éticas em todas as organizações? A quem seria benéfico um código de ética? Haveria conflitos de idéias e objetivos? Baseado na leitura da obra em questão defenderei abaixo minhas conclusões:

•A criação de código de ética para as organizações tem como escopo trazer uma padronização dos princípios adequados a serem aplicados na relação entre gerentes e empregados, clientes e fornecedores, empresa e governo, a própria empresa e concorrentes trazendo dessa forma a valorização de princípios e automaticamente o sucesso.

•Uma vez criado um código de ética o benefício será para todos que em grupo tem um mesmo objetivo relacionado a moral, virtude e princípios, e evitará conflitos desnecessários e desgaste tanto da auto administração e dos funcionários de produção de todos os níveis hierárquicos.

•De forma alguma quero desmerecer a obra O Poder da Administração Ética, mas senti uma carência no que diz a respeito mútuo. Cada um tem suas idéias e objetivos, porém, estes devem ser analisados se correspondem de fato ao mesmo objetivo da organização. E no que diz respeito a respeito mútuo, me refiro a profissionalismo, pois em uma organização de nada vale a criação de um código ético sem que cargos hierarquicamente altos tenham um bom relacionamento com suas equipes adotando a prática do feedback. Um funcionário bem motivado de forma alguma agirá de forma antiética dentro de sua empresa, pois terá o conhecimento que estará se auto prejudicando

ÉTICA EMPRESARIAL NA AMÉRICA LATINA

Esforços isolados estavam sendo empreendidos por pesquisadores e professores universitários, ao lado de subsidiárias de empresas multinacionais em toda a América Latina, quando o Brasil foi palco do I Congresso Latino Americano de Ética, Negócios e Economia, em julho de 1998. Nessa ocasião foi possível conhecer as iniciativas no campo da ética nos negócios, semelhanças e diferenças entre os vários países, especialmente da América do Sul.
Da troca de experiências acadêmicas e empresariais, da identificação criada entre os vários representantes de países latinos presentes, da perspectiva de se dar continuidade aos contatos para aprofundamento de pesquisas e sedimentação dos conhecimentos específicos da região em matéria de ética empresarial e econômica, emergiu a idéia de formação de uma rede. Foi, então, fundada a ALENE - Associação Latino-americana de Ética, Negócios e Economia.